sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cotidiano

COTIDIANO


Acordamos todos os dias
E nem lembramos dos nossos sonhos.
Levantamos todos os dias
Como se não fossem diferentes.
Fazemos as mesmas coisas:
Do mesmo jeito,
Da mesma maneira.
Tomamos, apressados e frio,
O café com pão nosso, de cada dia.
Saímos então assustados,
Para uma paisagem frequente:
Ruas cheias, muita gente.
Rostos carrancudos, estressados,
Alguns poucos, sorrindo.
Outros tantos, preocupados!
Vamos caminhando lado a lado,
Convivendo, convindo.
Acostumados,
Com o cotidiano,
Entalados.
Encurralados!
Cada um por si, buscando espaço,
O lugar nosso, a nossa vez.
Vamos caminhando no mundo,
Chegando a um lugar qualquer,
Nem sempre quando se quer,
Raramente por prazer.
Rotina tecida de mesmices,
Que nem nos permitimos abordar.
Passa o tempo, voam as horas...
Finda o dia!
Tá na hora de voltar.
Retornamos pro mesmo lugar.
Nem sempre com o mesmo querer.
Nem sempre com alguém a esperar.
E na frente da tevê,
Revemos as cenas do profano,
Estórias do cotidiano,
Que acabamos de conviver.
Espantados.
Enfadados.
Até de novo adormecer.
E sonhar...
Acordamos no outro dia
E nem lembramos dos nossos sonhos...

Nenhum comentário: