OLHOS MENTIROSOS
Tantos olhos tenho para você,
E tão pouco os tem pra mim.
Tantas vontades guardadas, contidas...
Que quase implodem em mim!
Não que por pouco satisfeitas,
Mais por muito resguardadas.
São como águas de um lago:
Mansas, força enorme, represadas.
Que não lhe quebrem a paz,
Tampouco, tempestades lhes agitem,
Tenho medo do que é capaz.
Não, que por mais não me fitem,
E razões de sobra, tenho a lamentar,
Mas que privado fico, do que mentem.
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